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5 de dez. de 2011

Num domingo de calor


    Benedita Fernandes, abnegada fundadora da Associação das Senhoras Espíritas Cristãs, de Araçatuba, no Estado de São Paulo, foi convidada para uma reunião de damas consagradas à caridade, para exame de vários problemas ligados a obras de assistência. E porque se dedicava, particularmente, aos obsidiados e doentes mentais, não pode esquivar-se.
     Entretanto, a presença da conhecida missionária causava espécie.
   O domingo era de imenso calor e Benedita ostentava compacto mantô de lã, apenas compreensível em tempo de frio.
    – Mania! – cochichava alguém, à pequena distância.
   – De tanto lidar com malucos, a pobre espírita enlouqueceu... – dizia elegante senhora à companheira de poltrona, em tom confidencial.
    – Isso é pura vaidade, – falou outra – ela quer parecer diferente.
    – Caso de obsessão! – certa amiga lembrou em voz baixa.
     Benedita, porém, opinava nos temas propostos, cheia de compreensão e de amor.
   Em meio aos trabalhos, contudo, por notar agitações na assembléia, a presidente alegou que Benedita suava por todos os poros, e, em razão disso, rogou a ela que tirasse o casaco por gentileza.
     Benedita Fernandes, embora constrangida, obedeceu com humildade e só aí as damas presentes puderam ver que a mulher admirável, que sustentava em Araçatuba dezenas de enfermos, com o suor do próprio rosto, envergava singelo vestido de chitão com remendos enormes.

Francisco Cândido Xavier/Hilário Silva - Idéias e Ilustrações. Ed. FEB.

Ante os problemas dos outros                                              Haja o que houver no caminho,
Emudece os lábios teus.                                                           Não pense mal de ninguém.
Em tudo sempre supomos                                                       Cada qual vê o vizinho,
Mas quem sabe é sempre Deus.                                             Conforme os olhos que tem.
F.C. Xavier/Casimiro Cunha                                                   F.C. Xavier/Gastão de Castro

Filhos, a estrada real para Deus chama-se Caridade. F. C. Xavier/José Horta

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